Moradores do Bairro Morro Alto, em Vespasiano, receberam no dia 17 de junho a II Copa de Jiu-jitsu entre Favelas. A Ação Social promovida pelos militares do GEPAR – Grupo Especial de Policiamento em Áreas de Risco, da 180ª Companhia do 36º Batalhão da Polícia Militar, é um trabalho voluntário que faz parte do Projeto Lutando pela Vida, desenvolvido em parceria com a Escola Estadual Renato Azeredo, sede do evento.
Atualmente, 30 atletas de Vespasiano, em diferentes idades são atendidos pelo projeto, totalmente de graça. O objetivo é mobilizar a comunidade para promover ações de prevenção à criminalidade, proporcionando opções de esporte, lazer e cultura para as crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social e para isso, conta com a parceria do Programa Fica Vivo, da Associação Comunitária Valorizando Vidas, da Prefeitura Municipal de Vespasiano, do Conselho Tutelar e de empresários da RMBH – Região Metropolitana de Belo Horizonte.
A competição reuniu lutadores de várias idades, das categorias infantil, juvenil e adulto, do masculino e feminino. Ao todo 280 atletas de 12 cidades da Região Metropolitana de Belo Horizonte e Região Central do Estado participaram do torneio. Junto à Copa, uma Rua de Lazer também foi organizada para receber as crianças da comunidade local com muita diversão e brincadeira. De acordo com a organização do evento, mil pessoas estiveram presentes.
Segundo o Tenente Carvalho, coordenador da ação desde que o Projeto Lutando pela Vida começou a trabalhar com a juventude do Bairro Morro Alto e região, é notável a redução da violência local. De acordo com o militar, no primeiro semestre de 2017, 14 homicídios foram registrados pela 180ª CIA, no mesmo período de 2018 este número caiu para seis.
No entanto, o Tenente afirma que não há pesquisa que confirme a relação da diminuição da violência com o Projeto, mas uma melhora significativa é notada por todos que vivem ou que de alguma forma atuam na comunidade: “com 9 meses de Projeto a relação entre os moradores e a PMMG tem melhorado muito. O que a gente nota, é o crescente respeito que as pessoas têm demonstrado pelos militares de uma forma geral, isso não era algo comum nessa região”, disse o Policial.
Para o Soldado Nogueira, instrutor de luta, chamado carinhosamente de Bope pelos alunos do Projeto, é gratificante ver a evolução dos atletas, “no início os meninos eram muito indisciplinados, hoje isso mudou”. Segundo ele, é emocionante ver a transformação que o Jiu-jitsu, fez na vida dos alunos-atletas.
O Projeto Lutando pela Vida recebe alunos de ambos os sexos, a partir dos 6 anos de idade e aceita doações de kimonos para ajudar os alunos carentes. Se você deseja doar é só ir à sede do GEPAR, no Bairro Morro Alto.